Note que afim de testar equipamentos de rede como hubs, routers ou switches, deve-se levar em consideração o processamento tanto do servidor, quanto do cliente. Ao fazer o teste entre dois pontos, é recomendável ligá-los primeiramente via cabo cross-over e rodar os testes. Dessa maneira, você terá um parâmetro de comparação quando conectá-los novamente a um dispositivo concentrador para efetuar os testes num ambiente real. Também é importante que a porta 5100 seja liberada no firewall (caso houver um).
A qualidade de um link pode ser medida da seguinte maneira:
- Latência (tempo de resposta ou RTT): pode ser medida através de um comando “ping”;
- Jitter (variação de latência): pode ser medida com o Iperf usando o protocolo UDP;
- Perda de datagramas: pode ser medida com o Iperf usando o protocolo UDP;
- Largura de banda: pode ser medida com o Iperf usando o protocolo TCP.
A diferença entre o TCP (Protocolo de Controle de Transmissão) e o UDP (Protocolo de Datagrama de Usuário) é que o TCP é um protocolo orientado a conexão, ou seja, usa mecanismos para verificar se o pacote foi corretamente entregue ao receptor; já o UDP é enviado sem qualquer tipo de checagem, e, pela mesma razão, é mais rápido que o TCP, apesar de não ter garantia de entrega.
Ao rodarmos o comando “iperf –help” a plataforma Windows, teremos a seguinte tela:
Ao rodarmos o comando “iperf –help” a plataforma Windows, teremos a seguinte tela:
Configuração padrão do Iperf: por padrão, o cliente usa a porta 5001 para conectar-se ao servidor, sendo que a largura de banda mostrada é a largura do cliente para o servidor e os testes são feitos com o protocolo TCP. Para usar o protocolo UDP usa-se a opção “-u” e para medir a largura de banda de modo bidirecional, usam-se as opções “-d” ou “-r” que serão vistas em seguida.
Servidor: iperf -s
Cliente: iperf –c 10.51.10.15
No exemplo acima, o cliente 10.51.10.200 testou sua largura de banda com o servidor 10.51.10.15, resultando numa taxa de 93.8 Mbps (Mbits/sec).
Parâmetro “-f” (tipo de formato): ao utilizar o argumento –f podemos escolher o formato de saída do comando que são bits (b), bytes (B), kilobits (k), kilobytes (K), megabits (m), megabytes (M), gigabits (g) ou gigabytes (G). O padrão é que a largura de banda seja medida em bits, kilobits, etc e a quantidade de dados transferidos seja expresso em bytes, kylobytes, etc.
Servidor: iperf –s
Cliente: iperf –c 10.51.10.15 –fb
Parâmetro “–r” (Medição Bi-direcional): com o uso desse parâmetro, o servidor se conecta de volta no cliente, permitindo que o teste seja medido bi-direcionalmente.
Servidor: iperf –s
Cliente: iperf –c 10.51.10.15 –r
No exemplo acima, o cliente 10.51.10.200 testou sua largura de banda com o servidor 10.51.10.15 que resultou em 93.7 Mbits/sec após transmitir 112MB em 10 segundos. Logo depois, o servidor testou sua largura de banda com o cliente, resultando numa taxa de 84.5 Mbits/sec. transmitindo 101 MB em 10 segundos. Portanto fica a dica: para usuários do KIS 2010, é possível desabilitar a verificação de determinadas portas do computador, entrando no menu “Configurações” -> “Rede” -> “Monitorar somente as portas selecionadas” e remover as portas que não deseja que sejam verificadas. Desaconselho desabilitar a detecção dessas portas, mas caso na guerra entre “velocidade x segurança”, você seja do time da velocidade, eis como desabilitá-la ;o)
Parâmetro “-d” (Medição Bi-direcional simultânea): com o uso desse parâmetro, o servidor se conecta de volta no cliente, permitindo que o teste seja medido bi-direcionalmente e simultaneamente, aproximando mais de um comportamento full-duplex.
Servidor: iperf –s
Cliente: iperf –c 10.51.10.15 –d
Parâmetros “-p” (porta), “-t” (duração) e “-i” (intervalo): a porta de comunicação pode ser alterada com o parâmetro –p, caso seja necessário rodar o Iperf numa porta diferente da 5001. É importante que cliente e servidor tenham a mesma porta configurada no comando. Já o parâmetro “-t” especifica a duração do teste em segundos sendo que o padrão são 10 segundos. O parâmetro “-i” por sua vez, indica o intervalo em segundos entre a exibição dos relatórios de largura de banda.
Servidor: iperf –s –p 40000
No exemplo acima, o cliente 10.51.10.200 testou sua largura de banda com o servidor 10.51.10.15 na porta 40000 por 15 segundos, atualizando informações a cada 2 segundos.
Parâmetros “-u” (protocolo UDP) e “-b” (configurações de largura de banda): através dos testes com o protocolo UDP, é possível obtermos informações sobre a perda de pacotes e o jitter da rede. Para um link de rede saudável, a perda de pacotes não pode ser maior do que 1% do tráfego da rede. Uma alta taxa de perda de pacotes, resultará numa quantidade grande de retransmissão de pacotes TCP, afetando gravemente a largura de banda. Já o jitter trata-se de uma variação de latência da rede, e não depende apenas da latência. É possível ter um bom tempo de resposta e um jitter muito baixo. O valor do jitter é especialmente importante nos links de rede que suportam VoIP, pois um jitter muito alto pode derrubar uma chamada. O argumento –b permite a alocação da largura de banda desejada.
Servidor: iperf –s –u –i 1
Parâmetros “-u” (protocolo UDP) e “-b” (configurações de largura de banda): através dos testes com o protocolo UDP, é possível obtermos informações sobre a perda de pacotes e o jitter da rede. Para um link de rede saudável, a perda de pacotes não pode ser maior do que 1% do tráfego da rede. Uma alta taxa de perda de pacotes, resultará numa quantidade grande de retransmissão de pacotes TCP, afetando gravemente a largura de banda. Já o jitter trata-se de uma variação de latência da rede, e não depende apenas da latência. É possível ter um bom tempo de resposta e um jitter muito baixo. O valor do jitter é especialmente importante nos links de rede que suportam VoIP, pois um jitter muito alto pode derrubar uma chamada. O argumento –b permite a alocação da largura de banda desejada.
Servidor: iperf –s –u –i 1
Cliente: iperf –c 10.51.10.15 –u –b -10m
No exemplo acima o cliente 10.51.10.200 testou seu jitter e a perda de pacotes com o servidor 10.51.10.15. Note que o jitter não ocorreu “0.00ms” e que a taxa de perda de pacotes foi de 0,52%.
Baixe o IPerf e boas medições ;o)
Este artigo foi baseado no tutorial do Iperf do OpenManiak, disponível em http://openmaniak.com/iperf.php. Neste link é possível ver mais opções do Iperf, bem como conhecer o Jperf, que é um front-end em Java do Iperf.
Baixe o IPerf e boas medições ;o)
Este artigo foi baseado no tutorial do Iperf do OpenManiak, disponível em http://openmaniak.com/iperf.php. Neste link é possível ver mais opções do Iperf, bem como conhecer o Jperf, que é um front-end em Java do Iperf.
O Iperf pode ser baixado em: http://www.noc.ucf.edu/Tools/Iperf/iperf.exe
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